• Não jogue apenas, mude as regras

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    O mercado de design brasileiro encontra-se saturado de empresas que oferecem os mesmos produtos da mesma maneira e com a mesma postura.

    O designer brasileiro não é treinado para perceber design como investimento estratégico e nem para oferecer seus serviços baseados nesse argumento. Consequentemente, tem dificuldade de gerar e gerir o seu próprio negócio, tornando-se um eterno executor de demandas que são identificadas e solucionadas por terceiros.

    Nos séculos XIX e XX, antes do surgimento das escolas de Desenho Industrial, já existia a percepção de quão valiosa é a utilização de uma visão projetual que perceba as necessidades das empresas e que desenvolva produtos e processos em apoio às suas estratégias. Dois casos bastante conhecidos são os de Michael Thonet para sua própria empresa, a Casa Thonet, e o de Peter Behrens para a AEG.

    Com o passar do tempo, o que começou como uma disciplina estratégica e projetual, ramificou-se para outras funções, na maioria das vezes, de apoio a outras disciplinas ligadas a estratégia e promoção. O mercado em que este profissional está inserido atualmente é um reflexo desta evolução.

    É por acreditar na força da visão estratégica e de que a partir desta percepção cada profissional tem poder para definir caminhos alternativos, desenvolvendo negócios e produtos relevantes e transformadores, que utilizarei este espaço como um meio para levantar questões sobre estes temas e incentivar reflexões positivas sobre a construção de um mercado profissional saudável.

    Até a próxima…

    Leitura recomendada:
    De Masi, Domenico. A Emoção e a Regra, Os Grupos Criativos na Europa de 1850 à 1950.

    Posted via email from Léo Ferreira

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