• Conversão 2.0

    Ainda não é consenso geral que estamos diante de uma mudança de paradigma que conduzirá a intensas mudanças nas estruturas de poder econômico, político, jornalístico, social, cultural e até religioso.

    A convite do Nino Carvalho elaborei a apresentação no final desse post com o objetivo de:

    1. Mostrar que realmente há uma mudança de paradigma causando até inversões de valores;
    2. Apresentar uma hipótese do que causa a mudança de paradigma
    3. Fornecer bases para a audiência saber lidar com os novos valores

    Quem está mergulhado nas redes sociais online está exposto subgrupos culturais que tornam evidente que há um intenso fervilhamento de novos valores, mas é necessário antes de mais nada perceber que, por maiores que sejam, esses grupos são minorias que podem jamais influenciar a sociedade em geral.

    Fenômenos como a mobilização online para interferir na execução por apedrejamento de  uma mulher acusada de adultério ou para ajudar a população do Irã a eleger o presidente 99.98% ditador no lugar do que é 99,99% ditador praticamente se restringem à Internet.

    Por outro lado a Internet se impõe como um fenômeno cada vez mais onipresente e esses subgrupos tem enorme visibilidade quando as pessoas “comuns” buscam informações na Internet.

    Devemos nos perguntar se a Internet é um ambiente favorável à modificação de valores e criação de um novo paradigma ou se – e esta é a minha opinião – ela é apenas uma eficiente janela para assistirmos a continuação de um processo que se iniciou há muito tempo.

    Sendo assim profissionais de marketing e assessoria de imprensa (talvez os primeiros a sentir o impacto dos novos valores) tem a rara oportunidade de assistir e participar das mudanças que estão ocorrendo.

    Quem não fizer isso certamente se tornará tão obsoleto quanto os condutores de carruagens do século retrasado.

    Entre os sinais inequívocos das mudanças a que me refiro temos a forma como o cidadão comum (mesmo que não entre na Internet) vê questões como propriedade intelectual, privacidade e ofensa ou defesa da honra.

    Ninguém (ou quase ninguém) se anima com a ideia de que o mundo está diante de um novo paradigma que nos obrigará a repensar todas as bases da nossa realidade.

    Nossa tendência naturalmente é supor que estamos apenas diante do bafafá causado pelo deslumbramento com uma nova tecnologia de comunicação como o surgimento do telefone.

    Resistir às mudanças é uma característica bastante comum (e inteligente) que nos ajuda a organizar o raciocínio e evitar o desperdício de energia com um “fogo de palha”.

    Gostaria de poder transcrever as quatro horas de argumentos e conversa com as primeiras pessoas a participar dessa apresentação, mas como isso não é possível vou apenas anexar os slides e convidar você que chegou até aqui a observar no mundo offline sinais de mudanças estruturais em nossa civilização.

    Posted via email from Léo Ferreira

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