• A luz do sol me incomoda então deixa a cortina fechada.

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    Sabe aquela história de indagar se as tais redes sociais emburrecem as pessoas?

    Pois bem, sendo curto e grosso, as pessoas não ficaram mais idiotas com o Orkut, Twitter, Facebook e afins. As pessoas são idiotas.

    As redes apenas afloram isso, tornam evidente.

    Aquele seu amigo que já era chato agora pode te encher o saco todo dia pelo MSN. Aquele idiota que fazia um comentário idiota na roda dos amigos dele, agora entra no Twitter e faz a mesma coisa. Finalmente você descobre que aquele seu colega não entendeu o que você escreveu porque que nunca tirou nota maior que 3 na prova de português. E aquele moleque que não leu o que você escreveu mas saiu criticando, é apenas um adolescente que só sabe olhar para o próprio umbigo e tem uma enorme necessidade de dar opinião em tudo.

    Achar que, em poucos anos, as redes sociais se tornaram uma influência mais forte que hormônios, ausência de educação em casa, alimentação de baixa qualidade na infância ou uma genética pouco generosa é inocente demais, para dizer o mínimo.

    Então somos tão imbecis assim? Sim e não.

    Não porque a falsa sensação de anonimato, a enorme fragmentação e ausência do “face to face” enchem as pessoas de coragem para falar verdades ou inverdades.

    A facilidade para escrever e passar uma mensagem pra frente faz com que nem sempre pensemos antes de dizer uma bobagem.

    Nem todo mundo consegue verbalizar por escrito exatamente o que pensa; além disso, a linguagem escrita nunca vai superar a corporal, facilitando o erro no tom ou na força do que postamos virtualmente.

    E, por fim, mas não menos importante, as redes servem para socializar. E nem toda socialização precisa ser útil ou inteligente.

    Isso amplifica o ruído, as agressões, as imbecilidades e tudo mais.

    Não faz das redes algo menos importante. Não faz das redes algo inútil. Não faz das redes algo necessariamente ruim.

    A rede permite que a inteligência e a cultura, que também ficavam distantes, proliferem. Traz poder para o indivíduo e um monte de outras coisas boas.

    E serve de lupa, para enxergarmos o óbvio. Para percebermos que ainda precisamos evoluir muito. Como sociedade e como seres humanos.

    Posted via email from Léo Ferreira

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