• Iron Man, Realidade Aumentada, alguns sensores e muitas possibilidades comerciais

    A ficção científica tem sido palco há anos de muitas inovações tecnológicas. Tudo bem que os escritores / autores nada tem de conhecimento técnico avançado ou física aplicada, mas a sua imaginação e criatividade ajudam constantemente a indústria a trilhar caminhos para novos lançamentos.

    Posso citar diversos exemplos, como por exemplo:

    • o celular Startac (Motorola) inspirado no comunicador da série tradicional de Star Trek
    • a TV de plasma, ou mesmo a LCD, inspirada em filmes como De Volta Para o Futuro II
    • o iPad, um dispositivo portátil multimídia, presente na grande maioria dos filmes, como por exemplo o filme com a família Robinson - Perdidos no Espaço (1998)

    Fato é que a ficção em muito ajuda os cientistas reais a pensarem em como materializar suas loucuras de forma que o mundo as possa absorver.

    Tecnologia de Realidade Aumentada existe há muito tempo, e pode ser utilizada para diversos fins. Gosto particularmente da computação ambiental, onde a informação está onipresente no ambiente para aumentar o conforto e bem estar do ser humano.

    No filme Iron Man 2 (Homem de Ferro 2), super herói, alter ego de Tony Stark, interpretado pelo ator Robert Downey Jr, diversas cenas com aplicação de Realidade Aumentada foram criadas. Infelizmente essa tecnologia só existe na tela do cinema, pois foram criadas pela empresa Perception, localizada em Nova York (EUA).

    Brilha aos nossos olhos ver Stark utilizando o estado da arte de usabilidade e tecnologia na sua mansão e no seu laboratório. A mesinha de canto, com tampa de vidro, é touch screen e com um sistema maravilhoso de interação, onde ele busca informações sobre uma funcionária.

    No laboratório, ele interage no espaço 3D físico com o mundo virtual. Teoricamente um ambiente totalmente controlado por sensores e câmeras que captam o movimento do corpo de Stark, como por exemplo a ponta de seus dedos, e assim reconhece qual é o comando que ele quer executar no computador ambiental:

    • rotacionar uma foto
    • aplicar zoom em uma imagem
    • acessar determinado vídeo
    • mover um documento antigo para a lixeira (aliás, com uma bela idéia de cesta de basquete virtual)

    Essa tecnologia ainda não existe (para o público ao menos), ou não existe em sua totalidade.  Porém diversas empresas ao redor do mundo trabalham em soluções primitivas que levarão às nossas casas esse tipo de interação, no futuro. É o caso do exemplo abaixo:

    3D Computer Interface from Free Flow on Vimeo.

    Os esforços para criação dessa nova tecnologia são grandes. Vejam que existe uma certa complexidade na criação de novos aparelhos com sensores para captação de movimento, pressão, temperatura ou coisas do gênero. Apesar de muitos sensores já existirem, a adaptação para as novas necessidades muitas vezes requer uma re-invenção dos mesmos.

    E da criação, a transformação dela em algo possível de ser comercializada ou inserida na vida das pessoas é um dos grandes obstáculos a serem ultrapassados.

    Imaginem, a tecnologia tem que ser "invisível" para o homem. A mesa precisa "magicamente" mostrar dados e reconhecer toques. Uma sala inteligente precisa de sensores, câmeras e muito mais espalhada de forma a reconhecer um movimento natural do homem como um comando a ser executado.

    Esses equipamentos não são fáceis de serem construídos, ainda mais pensando na "miniaturização", mantendo-se ou aumentando-se o poder de processamento das informações. Acredito que ninguém quer uma fiação pendurada na sua sala, com câmeras ou mecanismos gigantes só para brincar de "Minority Report" ou "Jarvis".

    Mas é o futuro. O apenas era imaginação há 1o anos hoje já é realidade ultrapassada. E assim sempre será.

    Posted via web from Léo Ferreira

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