• Os agentes de mudança

    Você tem que ser a mudança que você quer para o mundo – Gandhi - da minha coleção de frases;

    Você que trabalha com Internet é um agente de mudanças.

    Quanto mais você assumir isso, melhor será para você e para o mundo.

    O problema é que achamos que somos profissionais de tecnologia, de informação, de conhecimento, de inovação.

    Ai, ai…

    Perdidos em frases, caixas, pedaços, sem a visão do todo.

    Note que a crise quando vem, não chega compartimentada.

    Arrasta tudo e todos.

    Só nós trabalhamos em pedaços, ela não!

    Esse pensamento compartimentado por função nos leva diretamente a ser profissionais de assuntos e não de solução de problemas.

    Temos que ser agentes  para resolver os entraves do mundo.

    Suas crises e as coisas que emperram a vida.

    Estamos vivendo uma crise de grandes dimensões, mas se nem sabemos qual é, como podemos atuar?

    Quanto mais olharmos para os entraves e trouxermos soluções, mais efetivos seremos.

    E, por consequência, mais útil  às organizações, que devem focar nos problemas a serem resolvidos, as demandas conscientes e inconscientes (latências).

    Quando nos reduzimos a um assunto, pedaço, simplesmente tapamos a possibilidade de resolver as crises.

    E depois reclamamos de que os outros pensam compartimentado!

    Pobre dos outros!

    Isso vale para qualquer profissão, ainda mais aquelas diretamente envolvidas nas pontas do presente, perto do futuro.

    Assim, não se perca:

    Você não é profissional de marketing, de redes sociais, de gestão de conhecimento, de inovação!

    Você é um agente de mudanças que deve estar focado em resolver as crises que estão aí.

    Queremos mudar um mundo “A” – com suas crises –  para um mundo “B” – que supere e traga novas e não velhas e surradas crises.

    É um ciclo!

    Todo agente de mudança, assim, deve ter clareza de onde estamos e para onde vamos. E o que está inadequado e o que precisa mudar.

    Como? Por quê?  Para onde?

    Você sabe?

    O problema é que engolimos sempre o anzol, com a isca, a chumbada e tudo junto.

    Somos mulas, ao invés de estarmos na cela!

    Por isso, que é importante construir um ponto de vista pessoal.

    Um modelo sistêmico qualquer para analisar a sociedade, seus caminhos, as crises e como podemos atuar nelas.

    E ir aprimorando.

    O que, no fundo, você vai vender para o mercado é esse ponto de vista pessoal, que é a reflexão, criação e, posterior, superação sobre o senso comum – que existe dentro de cada um.

    Sem um modelo teórico que explique todos os agentes que fazem parte da sociedade e as crises latentes e visíveis, algo efetivo e que funcione, esquece.

    Você está que nem avestruz, com a cabeça dentro de um buraco.

    De forma consciente, ou não.

    O que importa hoje – como sempre valeu – é quem consegue entender as forças em conflito, suas crises e as soluções para as mesmas.

    É isso que estou chamando de lógica!

    Note que:

    Toda a empresa que está ganhando bilhões, começou por perceber a nova lógica, a crise embutida nela e – a partir daí – transformou essa ideia em serviço ou produto. Só depois rolou a grana!

    • Google - crise da incapacidade de busca da informação, com ela crescendo…em proporções gigantescas;
    • Amazon - crise da demanda de compra de produtos a distância, com uma população cada vez mais urbana e sem tempo;
    • Skype – crise da impossibilidade de se falar a distância, com um planeta globalizado com o primo lá, o tio acolá, a filha ali, o sobrinho sel lá aonde.

    Isso que é gerar valor:

    Resolver uma crise para criar comodidade nas latências conscientes e inconscientes.

    O resto é papinho para boi mimir!!!

    Ou seja, não vendemos informação, conhecimento, tecnologia, vendemos solução, dentro de uma lógica, que visualiza com clareza as crises presente e as saídas futuras!!!

    Se você não pensar desse jeito, parabéns!

    Um salário baixo e uma vida chata lhe aguarda no final do mês!

    Quanto mais a sua lógica para detectar as crises for original, diferente, consistente e agregar valor para os clientes, mas você irá crescer.

    O problema é que hoje quem trabalha no mundo web:

    • 1- não se acha agente de mudanças de crises, mas de venda de ferramentas, de metodologias empacotadas e de segunda mão, com um foco em determinado assunto e não focado no problema!!!
    • 2- quando cai a ficha que é agente de mudança, não tem um bom diagnóstico do ambiente para perceber as crises latentes;
    • 3- e, quando consegue, é incapaz de oferecer soluções viáveis.

    Esse é o nosso desafio!

    Por fim, acredito que devemos ter cursos no mercados que se chamariam no geral Formação de Agentes de mudança 2.0 com percepção das crises e como cada um pode atuar para ajudar na solução, com equipes multidisciplinares interagindo dentro das escolas e não várias escolas, falando da crise em separado e propondo soluções com seus martelos cegos atrás de pregos invisíveis.

    Como podemos falar de integração nas organizações se nas pós, nos MBAs e em todo lugar é tudo separado?

    E você,  “Zé Mudança” ou “Maria mudança”  que dizem?

    PS – Este blog, no fundo, sempre falou para os agentes de mudança de forma inconsciente. Neste post, no fundo, assumo meu público prioritário. Bem vindo! (Demorou quase dois anos para cair essa ficha!)

    Posted in Gestão de mudanças, Mercado de Trabalho 2.0

    Posted via web from Léo Ferreira

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