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Um “assistente de veterinário” apresentado como parte do imbróglio do “Ser de Metepec”, Ángel Palacios Núñez, é de acordo com Alejandro Franz em verdade um nome falso para Urso Moreno Ruíz. E Urso Ruíz seria um taxidermista, acostumado a lidar com carcaças de animais.
Mais importante, Urso Ruíz teria admitido em um fórum na rede que fraudou a criatura, que seria de fato apenas um pequeno primata, um Saimiri:
“É o cadáver sem pele de um macaco Saimiri, nada mais. Eu removi as orelhas e o remexi com todos os pêlos e fluidos de todos os animais que tinha por perto. Logo o curti, e cada amostra que retirarem resultará [como vinda] de um animal diferente”.
Isso não deve ser novidade. Já no ano passado havíamos alertado ser apenas um macaco:
O fraudador continua:
“O sr. Mario logo o vendeu a Jaime Maussán por 300.000 pesos [~R$40.000], como vêem, e depois de 4 anos ainda não percebem que é uma fraude”.
E tenta ainda se defender:
“Que conste que eu não disse que era de verdade. Isso foi Jaime Maussán que inventou, que conste que ele acreditou [na história] e foi fazer todo um show. Foi uma brincadeira que saiu de controle, mas depois de 4 anos me alegra ver que uma de minhas criações deu a volta ao mundo e passou por vários cientistas e provas e não descobriram o que é. Então que grande ciência, eu a enganei! hehehe”
Nauseante, não?
Alejandro Franz alerta que, ao contrário do que Ruíz alega, ele sim declarou às câmeras que a criatura seria um “animal estranho”, participando do que não seria uma brincadeira, e sim uma fraude deliberada. Franz ainda acusa Maussán, Mario Moreno e Marco Salazar de deliberadamente arquitetar a fraude desde o início. É de fato curioso que insistissem em testes de DNA de pronto, algo que não é de forma alguma seu modus operandi com relação a “criaturas misteriosas” que encontram (são raros os casos onde testes genéticos chegam a ser conduzidos, uma vez que costumam encerrar mistérios rapidamente).
É como se soubessem que os resultados seriam confusos.
Desde o início muitos já haviam notado que a criatura era apenas um pequeno macaco sem pele. E todos conhecem, ou deveriam conhecer, Maussán como parte do Hall da Vergonha da Ufologia.
De forma que havia toda razão para duvidar de toda a história. Razão, no entanto, é algo que parece ter faltado também à equipe do programa MonsterQuest do canal History Channel, que promoveu o caso com “especialistas” que asseguraram ser o macaco sem pele algo misterioso.
Ou talvez a razão seja algo relativo. Dezenas de milhares de dólares, audiência e tanto mais podem tornar as coisas relativas. Quanto não lucraram todos envolvidos, deliberadamente ou não, dos autores da fraude e seus promotores, de Maussán a MonsterQuest, nesta farsa primária baseada em um uma macaquice?
Tudo isto deve causar nojo. E o pobre e pequeno macaco seco e sem pele é o de menos. [via Alcione]
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